terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Sismologia

Hipocentro origem do sismo. É o ponto onde o sismo começou. Fica em profundidade. È o mesmo que foco sísmico.

Epicentro zona á superfície mais próxima do hipocentro. É no epicentro em que o sismo é sentido com maior intensidade.

Causas dos Sismos:

Sismos de colapso – devem-se a abatimentos ou destruição de grutas e cavernas, desprendimento de massas rochosas.

Sismos vulcânicos – devem-se às fortes pressões a que um vulcão está sujeito antes de uma erupção, por movimento de magmas.

Sismos tectónicos – devem-se a movimentos das placas tectónicas.

Tipos de Forças:

Forças compressivas – os movimentos são comprimidos, aumentando a pressão.

Forças distensivas – os materiais afastam-se, provocando a tensão dos materiais.

Forças de cisalhamento – os materiais sofrem uma grande pressão que os leva a realizar movimentos horizontais.

Teoria do Ressalto Elástico:

Esta teoria baseia-se em mecanismos de deformação elástica das rochas, isto é, nas mudanças de volume e de forma da rocha quando é sujeita a forças. Terminada a acção das forças, o material deformado volta ao seu estado original.

Se o material é forçado para além do seu limite de plasticidade, pode quebrar-se, libertando a energia armazenada. Mas as duas forças ficam planas antes da quebra.

A esta zona onde os materiais se quebram chama-se fallha.

Tsunamis:

Quando ocorre um sismo num oceano, o fundo é abatido e a água converge para lá, originando uma grande onda que se vai propagando.

Ondas Sísmicas:

Ondas profundas:

Ondas P – são ondas de compressão. São as ondas mais velozes, logo são sempre as primeiras a serem registadas. Propagam-se por meios sólidos e líquidos (todos os meios). Têm um movimento paralelo à direcção de propagação.

Ondas S – são ondas mais lentas que as P. são as segundas a serem registadas. Tem um movimento perpendicular ao movimento de propagação. Não se propagam em meios líquidos.

Ondas superficiais:

Ondas Love e Ondas Rayleigh – as ondas Love e as ondas Rayleigh só são registadas quando o sismo é intenso ao ponto de as ondas de compressão e as ondas transversais interagirem.

Sismólogo, Sismógrafo e Sismograma

Sismólogo – pessoa que estuda os sismos.

Sismógrafo – aparelho que regista os sismos. Existem sismógrafos verticais e horizontais (2) para registarem um sismo. Regista os movimentos de um local.

Sismograma – registo de todos os movimentos da Terra.

Escalas Sísmicas:

Escala de Intensidade – a escala de intensidade é a escala de Mercalli (12 níveis em numeração romana). Qualificativa.

A intensidade é o efeito de um sismo nas pessoas, objectos e estruturas.

Após registadas as diferentes intensidades de um sismo em vários locais, pode-se numa carta de isossistas unir os vários locais com a mesma intensidade

Nota sobre isossistas: as isossistas não têm uma forma regular porque as ondas sísmicas vão se propagando por locais constituídos por diferentes materiais, levando as ondas a terem comportamentos diferentes.

Escala de magnitude – a escala de magnitude é a escala de Richter (escala aberta, quantitativa).

A magnitude está relacionada com a energia libertada por um sismo.

Cada nível de magnitude que se aumenta representa um aumento de 30x mais energia libertada.

Por exemplo, se uma bomba atómica equivale ao nível/grau 6, o grau 7 seria igual a 30 bombas atómicas, o nível 8 seria 30x30=900 bombas atómicas…

Distribuição Geológica dos Sismos:

Zonas de grande actividade sísmica, como o “anel-de-fogo”, a cintura mediterrâneo-asiática e as zonas de rifte são as zonas mais sísmicas do planeta.

As zonas limites são altamente sísmicas.

A sismicidade intraplacas deve-se a falhas.

Profundidade dos focos sísmicos:

Limites

Convergentes

Misto – foco profundo

Oceano/Oceano – foco intermédio e profundo

Continente/Continente – foco intermédio e profundo



Divergentes

foco superficial



Conservativos

foco superficial

Descontinuidades:

Descontinuidade de Mohorovicic – da crosta para o manto.

Descontinuidade de Gutenberg – do manto para a crosta.

Descontinuidade de Lehaman – do núcleo externo para o núcleo interno.

Comportamento das Ondas:

- A velocidade das ondas aumenta com a profundidade.

- A velocidade aumenta com a rigidez dos materiais.

- A velocidade diminui com a densidade.

- O efeito da rigidez sobrepõe-se ao efeito da densidade.

Nota: Ângulo crítico – ângulo que marca o limite entre refracção (+90º) e reflexão (até 90º).

Quanto maior o ângulo de reflexão for em relação ao ângulo de incidência maior é a velocidade.

Quanto menor o ângulo de reflexão for em relação ao ângulo de incidência menor a velocidade.

Zona de Sombra:

Zona onde não há registo de ondas P e S directas.

A zona de sombra das ondas P é menor que a zona de sombra das ondas S, porque as ondas S não atravessam o núcleo externo por ser liquido.

Zona de Baixas Velocidades:

Conforme a profundidade aumenta a temperatura aumenta também.

Na Astenosfera a temperatura é suficiente para alguns materiais se fundirem e assim crias uma zona menos rígida, mais plástica.

Logo, como a rigidez diminui, a velocidade das ondas também diminui.

1 comentário:

Anónimo disse...

tenho uma dúvida, na parte que falam sobre as Descontinuidades: a "descontinuidade de Gutenberg – do manto para a crosta." esta afirmação está correcta?
a descontinuidade de Gutenberg não é do manto para o núcleo (o inicio do núcleo). gostaria de esclarecer esta duvida, uma vez que agora fiquei confusa. peço desculpa pelo incomodo.

mafalda.