terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Estrutura da geosfera

A Geosfera pode ser caracterizada de duas formas:

Estrutura Baseada na Composição Estrutura Baseada nas Propriedades Físicas
Crosta Litosfera
Astenosfera
Manto Mesosfera
Núcleo Núcleo Externo
Núcleo Interno

Os dados recolhidos sobre a estrutura da Terra foram obtidos:


Clicar na imagem acima...

Segundo as Propriedades Físicas:

Litosfera crosta e parte superior do manto.

É sólida e rígida.

Astenosfera parte entre a litosfera e a mesosfera.

É sólida mas pouco rígida, o que leva à deformação dos materiais.

Mesosfera maior parte do manto. Vai ate ao núcleo externo.

É rígida e sólida.

Núcleo Externo parte liquida do núcleo (presume-se assim porque as ondas S não o atravessam).

Núcleo Interno parte sólida do núcleo (presume-se assim porque nesta zona as ondas P ganham velocidade).

Segundo a Composição:

Crostaa crosta divide-se em 2 tipos:

Crosta continental – de 35 a 40 km de espessura. Constituída basicamente por granitos, rochas metamórficas e rochas sedimentares.

Crosta oceânica – de 5 a 10 km de espessura. Constituída por basaltos.

Mantoé essencialmente formado por rocha sólida. Constituído por peridotito e rochas ultrabásicas.

Núcleo - é formado por ferro e níquel

Vulcanologia



Vulcanologia

Vulcanismo eruptivo

O vulcanismo eruptivo é caracterizado pela emissão de lava, emissão de materiais sólidos, chamados de piroclastos, e por vezes emissão de “nuvens ardentes”.

O vulcanismo eruptivo pode ser:

- Central – os materiais saem pelo cone principal

- Fissural - os materiais saem por fissuras ao longo do cone

Erupções vulcânicas

Existem 3 tipos de erupções vulcânicas:

- Erupção vulcânica do tipo explosivo caracterizam-se por:

- Ter um cone alto e estreito

- Lavas muito viscosas e ácidas

- Fortes explosões devido ao entupimento da cratera por lavas solidificadas (se for em forma de agulha é apelidada de agulha vulcânica, se for de forma arredondada é chamada de doma)

- Libertação de gases

- Libertação de piroclastos

- Situa-se nos limites convergentes

- Erupção vulcânica do tipo efusivo caracterizam-se por:

- Ter um cone baixo e largo

- Lavas muito fluidas e básicas, originando rios de lava ao longo do cone

- Não ocorrem explosões

- Não há libertação de gases comprimidos para formar nuvens ardentes

- Não há libertação de piroclastos

- Situa-se nos limites divergentes

- Erupção vulcânica do tipo mista caracterizam-se por:

- Apresenta características da erupção vulcânica efusiva e da explosiva.

Morfologia de um vulcão:

Produtos expelidos pelos vulcões

Lava

A lava é o magma que vem à superfície. Assim sendo as lavas não são todas iguais, dependem dos materiais do magma de que originam.

A lava pode ser caracterizada pela sua composição:

- Lavas ácidas - lavas quentes ( 800ºC a 1000ºC), muito viscosas e com uma percentagem de sílica superior a 70%.

- Lavas básicas – lavas extremamente quentes (1100ºC a 1200ºC), muito fluidas (pouco viscosas) e com uma percentagem de sílica até 50%.

A lava também pode ser caracterizada pela sua forma consoante o meio onde foi expelida:

- Lavas em almofadas (lavas submarinas)

- Lavas encordoadas (lisas mas com dobras e subaérias)

- Lavas escoriáceas (lavas irregulares fragmentadas e subaérias)

Piroclastos

Os piroclastos são os materiais sólidos expelidos pelos vulcões.

Estes são caracterizados pelas suas dimensões:

- Menor do que 2 mm – cinzas

- De 3mm a 64mm – bagacina e lapili

- Maior do que 64mm – bombas e blocos

Vulcanismo atenuado

O vulcanismo atenuado é caracterizado por não expelir lava nem piroclastos.

O vulcanismo atenuado situa-se em zonas onde já tenha havido vulcanismo eruptivo e são zonas com um fluxo térmico muito elevado.

O vulcanismo atenuado pode-se apresentar de várias formas:

- Fumarolas

- Sulfataras – ricas em enxofre

- Mofetas – ricas em dióxido de carbono

- Géisers – repuxos de água subterrânea

- Águas termais – nascentes de água quente natural

Vulcões e a tectónica de placas

A actividade vulcânica está relacionada com as fronteiras de placas e conforme o limite, o vulcão vai possuir um tipo de actividade diferente.

- Placas divergentes e zonas de rifte: vulcões do tipo efusivo

- Placas convergentes: vulcões do tipo explosivo

- Intraplacas: origina ilhas e mantos de basalto

Normalmente os vulcões intraplacas são os hot spots (pontos quentes).

Estes hot spots estão relacionados com plumas térmicas.

As plumas térmicas são longas colunas de material quente e pouco denso que sobe do manto até à superfície. Esse material funde-se e vai ser a câmara magmática provisora de um vulcão.

Os pontos quentes são fixos e formam-se mantos de basalto.

Por vezes a placa vai-se deslocando sobre o ponto quente e afastando-se extinguindo o vulcão e originando outro no seu lugar.

Minimização de riscos vulcânicos

Para minimizar os danos que uma erupção pode causar à que prevenir para remediar menos.

Para evitar surpresas os vulcões activos devem estar em constante vigilância para a partir dos resultados obtidos dos estudos saber quando pode haver uma erupção.

A variação da força gravítica, as variações magnéticas e sísmicas e os movimentos do magma são alguns dos estudos em questão, como também analisar os gases libertados, a variação da temperatura do solo e detectar as deformações do cone vulcânico.

Depois é preciso identificar as zonas de risco para as populações aí existentes se precaverem.

Sismologia

Hipocentro origem do sismo. É o ponto onde o sismo começou. Fica em profundidade. È o mesmo que foco sísmico.

Epicentro zona á superfície mais próxima do hipocentro. É no epicentro em que o sismo é sentido com maior intensidade.

Causas dos Sismos:

Sismos de colapso – devem-se a abatimentos ou destruição de grutas e cavernas, desprendimento de massas rochosas.

Sismos vulcânicos – devem-se às fortes pressões a que um vulcão está sujeito antes de uma erupção, por movimento de magmas.

Sismos tectónicos – devem-se a movimentos das placas tectónicas.

Tipos de Forças:

Forças compressivas – os movimentos são comprimidos, aumentando a pressão.

Forças distensivas – os materiais afastam-se, provocando a tensão dos materiais.

Forças de cisalhamento – os materiais sofrem uma grande pressão que os leva a realizar movimentos horizontais.

Teoria do Ressalto Elástico:

Esta teoria baseia-se em mecanismos de deformação elástica das rochas, isto é, nas mudanças de volume e de forma da rocha quando é sujeita a forças. Terminada a acção das forças, o material deformado volta ao seu estado original.

Se o material é forçado para além do seu limite de plasticidade, pode quebrar-se, libertando a energia armazenada. Mas as duas forças ficam planas antes da quebra.

A esta zona onde os materiais se quebram chama-se fallha.

Tsunamis:

Quando ocorre um sismo num oceano, o fundo é abatido e a água converge para lá, originando uma grande onda que se vai propagando.

Ondas Sísmicas:

Ondas profundas:

Ondas P – são ondas de compressão. São as ondas mais velozes, logo são sempre as primeiras a serem registadas. Propagam-se por meios sólidos e líquidos (todos os meios). Têm um movimento paralelo à direcção de propagação.

Ondas S – são ondas mais lentas que as P. são as segundas a serem registadas. Tem um movimento perpendicular ao movimento de propagação. Não se propagam em meios líquidos.

Ondas superficiais:

Ondas Love e Ondas Rayleigh – as ondas Love e as ondas Rayleigh só são registadas quando o sismo é intenso ao ponto de as ondas de compressão e as ondas transversais interagirem.

Sismólogo, Sismógrafo e Sismograma

Sismólogo – pessoa que estuda os sismos.

Sismógrafo – aparelho que regista os sismos. Existem sismógrafos verticais e horizontais (2) para registarem um sismo. Regista os movimentos de um local.

Sismograma – registo de todos os movimentos da Terra.

Escalas Sísmicas:

Escala de Intensidade – a escala de intensidade é a escala de Mercalli (12 níveis em numeração romana). Qualificativa.

A intensidade é o efeito de um sismo nas pessoas, objectos e estruturas.

Após registadas as diferentes intensidades de um sismo em vários locais, pode-se numa carta de isossistas unir os vários locais com a mesma intensidade

Nota sobre isossistas: as isossistas não têm uma forma regular porque as ondas sísmicas vão se propagando por locais constituídos por diferentes materiais, levando as ondas a terem comportamentos diferentes.

Escala de magnitude – a escala de magnitude é a escala de Richter (escala aberta, quantitativa).

A magnitude está relacionada com a energia libertada por um sismo.

Cada nível de magnitude que se aumenta representa um aumento de 30x mais energia libertada.

Por exemplo, se uma bomba atómica equivale ao nível/grau 6, o grau 7 seria igual a 30 bombas atómicas, o nível 8 seria 30x30=900 bombas atómicas…

Distribuição Geológica dos Sismos:

Zonas de grande actividade sísmica, como o “anel-de-fogo”, a cintura mediterrâneo-asiática e as zonas de rifte são as zonas mais sísmicas do planeta.

As zonas limites são altamente sísmicas.

A sismicidade intraplacas deve-se a falhas.

Profundidade dos focos sísmicos:

Limites

Convergentes

Misto – foco profundo

Oceano/Oceano – foco intermédio e profundo

Continente/Continente – foco intermédio e profundo



Divergentes

foco superficial



Conservativos

foco superficial

Descontinuidades:

Descontinuidade de Mohorovicic – da crosta para o manto.

Descontinuidade de Gutenberg – do manto para a crosta.

Descontinuidade de Lehaman – do núcleo externo para o núcleo interno.

Comportamento das Ondas:

- A velocidade das ondas aumenta com a profundidade.

- A velocidade aumenta com a rigidez dos materiais.

- A velocidade diminui com a densidade.

- O efeito da rigidez sobrepõe-se ao efeito da densidade.

Nota: Ângulo crítico – ângulo que marca o limite entre refracção (+90º) e reflexão (até 90º).

Quanto maior o ângulo de reflexão for em relação ao ângulo de incidência maior é a velocidade.

Quanto menor o ângulo de reflexão for em relação ao ângulo de incidência menor a velocidade.

Zona de Sombra:

Zona onde não há registo de ondas P e S directas.

A zona de sombra das ondas P é menor que a zona de sombra das ondas S, porque as ondas S não atravessam o núcleo externo por ser liquido.

Zona de Baixas Velocidades:

Conforme a profundidade aumenta a temperatura aumenta também.

Na Astenosfera a temperatura é suficiente para alguns materiais se fundirem e assim crias uma zona menos rígida, mais plástica.

Logo, como a rigidez diminui, a velocidade das ondas também diminui.

Métodos de estudo do interior da Terra

Directos:

- Observação da superfície

- Sondagens

- Minas

- Magmas e rochas

Indirectos:

- Geotermismo

- Geomagnetismo

- Sismologia

- Gravimetria

- Densidade

Gravimetria

É o estudo dos solos a partir da força gravítica e das anomalias observadas.

As anomalias gravíticas e a atracção gravítica são diferentes em todas as zonas do planeta.

A partir de várias observações concluiu-se que:

- Zonas com materiais mais densos que o meio envolvente são afectadas por maior atracão para o centro da Terra e são acompanhados por anomalias positivas (superiores ao nível médio do mar);

- Zonas com materiais menos densos são afectadas por menor atracão para o centro da Terra e são acompanhadas por anomalias negativas (inferiores ao nível médio do mar).

A Gravimetria permite detectar a localização de materiais, a diferentes profundidades, de diferentes densidades.

Geotermismo

O calor terrestre é a fonte do seu dinamismo.

Estudos mostram que a temperatura aumenta com a profundidade e a esse fenómeno (a taxa de variação da temperatura com a profundidade) chama-se gradiente geotérmico.

A dissipação constante do calor interno da Terra através da superfície chama-se fluxo térmico.

Ao número de metros necessários para a temperatura aumentar 1ºC chama-se grau térmico.

Geomagnetismo

A Terra possui um campo magnético invisível.

Esse campo magnético tem origem por interacção do núcleo interno da Terra com o núcleo externo.

Rochas, como os basaltos, têm tendência a gravar o campo magnético do momento em que foram formados porque se estavam a solidificar. O basalto possui minerais ricos em ferros (minerais ferromagnéticos) que se orientam segundo o campo magnético existente na altura em que solidificaram.

A este fenómeno chama-se paleomagnetismo.

Tipos de polaridade:

- Polaridade normal: o norte geográfico é o norte magnético

- Polaridade inversa: norte geográfico é o sul magnético

E para que serve isto?

Exemplo: Uma das características das faixas magnéticas é serem simétricas em ambos os lados do rifte. Porquê?

- Porque o material libertado pelo rifte é em mesma quantidade para ambos os lados e o material foi formado ao mesmo tempo, ou seja, tanto o material de um lado do rifte como do outro tem a mesma idade e a mesma polaridade registada.

Protecção ambiental

-Medidas de tratamento do ambiente e prevenção:

- Utilização de técnicas limpas;

- Tratamento de afluentes;

- Fiscalização eficaz.

Recuperação de recursos:

- Reciclagem;

- Substituição de recursos raros por recursos abundantes;

- Centro de tratamento de águas residuais.

Utilização de energias renováveis:

- Solar

- Eólica

- Ondas

- Geotérmica

- Biomassa

- Hidroeléctrica

- Marés

Ocupação de áreas de risco

Com o aumento da população o Homem tem a necessidade de procurar mais espaços para habitar, incluindo as áreas de risco:

- Zonas sísmicas

- Zonas vulcânicas

- Zonas sujeitas e cheias

Porquê junto dos vulcões?

- Turismo

- Solos férteis

- Energia geotérmica

- Exploração de minérios

Porquê junto de zonas propicias a inundações?

As zonas do litoral sempre forneceram às populações vantagens, tais como:

- Solos férteis

- Turismo

- Transportes

Mas muitas das inundações junto ao litoral devem-se a:

- Abate de árvores (as raízes absorvem alguma água)

- Impermeabilização (estradas, parques de estacionamento)

Poluição

Os países industrializados são os mais poluidores, devido ao aumento populacional.

No que toca à poluição atmosférica:

Gases mais libertados:

- Dióxido de carbono CO2

- Monóxido de carbono CO

- Dióxido de enxofre SO2

- Compostos de azoto N

Fontes de poluição:

- Industrias

- Transportes

- Partículas radioactivas

Tipos de poluição atmosférica:

- Chuvas ácidas

- Destruição da camada de ozono

- Efeito de estufa

No que toca à poluição da água:

Causas:

- Actividades industriais (lixeiras, acumulação de resíduos)

- Actividades domésticas (autoclismo, máquinas de lavar)

- Actividades agrícolas (pesticidas, fertilizantes)

Água como recurso


A água encontra-se:

97% nos oceanos

2% nos calotes polares

1% própria para o consumo, e na sua maioria subterrânea

A água pode ser considerada um recurso renovável e um recurso não renovável:

Não renovável – em termos de qualidade

Renovável – em termos de quantidade

O Homem é o maior poluidor de água:

- Poluição agrícola

- Poluição industrial

- Esgotos

- Lixeiras

Exploração dos recursos não renováveis

Extracção do petróleo

- Compactação dos estratos e subsedência dos terrenos

- Derrames na extracção e no transporte

Extracção do carvão e de minerais

- Movimento de terras

- Desabamentos

- Poluição dos solos com a cumulação de escombreiras

- Riscos de vida e saúde para os trabalhadores

Exploração a céu aberto

- Grande mudança na topografia, devido aos buracos

- Destruição da Geosfera e da Biosfera

- Elevadas concentrações de poeiras que vão para a atmosfera

- Aumento da poluição sonora

Recursos naturais

Os recursos naturais é tudo o que a natureza dá ao Homem.

Existem dois tipos de recursos naturais:

- Renováveis – podem ser renovados num curto espaço de tempo.

- Não renováveis – são recursos limitados e esgotáveis, quando considerados à escala humana.

Principais fontes de energia:

- Petróleo

- Gás

- Carvão

- Energia hidráulica

- Energia nuclear

- Energias diversas (vento, sol, ondas,…)

Utilização da energia:

- Industria

- Comercio e habitação

- Transportes

Acção do Homem na Terra

A Terra está em perigo de morte devido às acções do Homem na Terra. As alterações que o nosso planeta está a sofre é por culpa do Homem, directamente ou indirectamente.

Algumas intervenções do Homem levam:

- à exaustão dos recursos não-renováveis

- a poluição em geral

- desastres naturais, como cheias, sismos e desmoronamentos

Mas porquê?

A população tem vindo a aumentar e com ela o consumo de recursos naturais e a alterações ambientais muito frequentes.

A população também aumentou o seu nível de vida (mais carros, mais electrodomésticos, mais recursos gastos...).

As populações também se deslocam para o litoral e para as grandes cidades.

O avanço tecnológico também leva ao aumento do consumo.

E quais são as consequências?

As consequências destes actos são:

- aumento da exploração dos recursos naturais;

- aumento da produção e aumento de resíduos;

- aumento do número de catástrofes devidas à ocupação de áreas de risco.

Lua

Constituição da Lua:

Mares – são escuros, pois são constituídos por basalto

Continentes – são claros, pois são constituídos essencialmente por feldspato e anortositos



A Lua é o único satélite da Terra.

É um planeta telúrico de pequenas dimensões e pouca força gravítica, por isso, não tem atmosfera, nem hidrosfera.

A Lua é um planeta geologicamente morto, ou seja, não tem actividade das placas tectónicas nem há actividade vulcânica.

As crateras da Lua tiveram origem em impactos de meteoritos.

Classificação dos corpos que atingem a Terra

Meteoróides antes da entrada na atmosfera terrestre.

Meteorosquando entram na atmosfera terrestre.

Meteoritos quando atingem a crosta da Terra.

Asteroides

Os asteróides situam-se na cintura de asteróides.

Formaram-se na nébula solar primitiva. Essa cintura de asteróides deve-se à força de atracção do Sol e de Júpiter que não permitem a acreção dos asteróides.

Alguns asteróides possuem também camadas (núcleo, manto, crosta) tal como a Terra.

Os asteróides situam-se na cintura de asteróides.

Formaram-se na nébula solar primitiva. Essa cintura de asteróides deve-se à força de atracção do Sol e de Júpiter que não permitem a acreção dos asteróides.

Alguns asteróides possuem também camadas (núcleo, manto, crosta) tal como a Terra.

Cometas

Os cometas são constituídos por núcleo, cauda e cabeleira:

Núcleo – é rochoso e com gelo a rodear a sua superfície.

Cabeleira – aparece quando o gelo começa a derreter.

Cauda – é formada por poeiras.

Os comentas vêm da Nuvem Oort, que está fora do sistema solar e sempre que passam pelo Sol diminuem de tamanho.

Planetas

Os planetas do sistema solar agrupam-se em duas categorias:

- Planetas principais: as suas orbitas são em torno do sol. (Ex: Terra)

- Satélites: têm translação em torno dos planetas principais a que estão “ligados”. (Ex: Lua)

Os planetas que fazem parte do sistema solar são:

- Mercúrio

- Vénus

- Terra

- Marte

- Júpiter

- Saturno

- Urano

- Neptuno


As características físicas dos planetas permitem distingui-los em planetas telúricos e planetas longínquos ou planetas gigantes.

Os planetas telúricos possuem muita semelhanças com a Terra.

Os planetas gigantes estão muito afastados do Sol e têm grandes dimensões.

Origem do sistema solar

Pensa-se que a formação do sistema solar deve-se à contracção de uma nebulosa gasosa em rotação. Esta nebulosa teria adquirido rapidamente a forma de um disco com uma saliência na parte central. A saliência na parte central aumentou juntamente com a velocidade de rotação, dando origem a um proto-sol. Aos poucos foi-se libertando anéis de matéria que deram origem aos planetas conhecidos.

Tectónica de placas

O planeta está dividido em núcleo interno, núcleo externo, manto e crosta. Entre o manto e a crosta existe a Litosfera.

Com base em estudos dos sismos e dos vulcões foi possível descobrir que a litosfera está dividida em placas tectónicas ou placas litosféricas.

As placas tectónicas podem ser:

- Placas oceânicas

- Placas continentais

- Placas mistas

As placas podem ter três tipos de limites:

Limites divergentes situam-se nas dorsais oceânicas. São zonas onde gerada crosta oceânica, é uma zona de afastamento e têm normalmente um rifte a meio que é de onde sai a matéria.

Limites convergentes situam-se nas fossas onde há destruição de placas tectónicas, onde uma placa mergulha sob a outra ou ambas têm tendência a levantar-se e formam cadeias montanhosas. São zonas de subducção.

Limites conservativos não há nem destruição nem crescimento de placas, apenas deslizam uma na outra.

Nos limites das placas, devido às suas acções e movimentos há grande actividade sísmica e vulcânica, logo o local é muito instável.


Principios básicos do raciocínio geológico

Catastrofismo o catastrofismo diz que todas as grandes alterações ocorridas na superfície da Terra foram provocadas por catástrofes.

Uniformitarismo o uniformitarismo diz que todas as alterações à superfície da Terra são lentas e graduais.

Neocatastrofismo esta teoria diz que o uniformitarismo é o guia principal para as mudanças geológicas mas não coloca de parte alguns acontecimentos catastróficos.

Datação da idade das rochas

Datação absoluta

- A datação absoluta é a técnica mais precisa para datar as rochas. É feita a partir da radioactividade dos elementos que a constituem. A rocha tem um isótopo-pai instável, que ao longo do tempo origina um isótopo-filho estável. O tempo que demora para haver 50% de cada chama-se tempo de semi-vida.


Datação relativa

A datação relativa consiste na comparação de fenómenos ou estratos e definir qual é mais antigo que o outro. Este método não nos dá uma data precisa, apenas nos permite compreender a ordem dos acontecimentos.

Para obter as idades relativas tem-se como base os seguintes princípios estratigráficos:

Princípio da sobreposição numa sequência de rochas sedimentares, o estrato mais antigo é o que se situa mais abaixo, sendo os outros mais novos sucessivamente.

Princípio da Identidade Paleontológica estratos que apresentam fosseis iguais têm a mesma idade e tiveram origem em ambientes semelhantes.

Princípio da interacção ou de corte estratos que intersectem outros são mais recentes que os intersectados.

Princípio da inclusão estratos com fragmentos são mais recentes que estratos em sem fragmentos.

Princípio da continuidadequalquer camada tem a mesma idade em toda a sua extensão.

Princípio da horizontalidade os materiais que formam estratos depositam-se seguindo planos horizontais.

Rochas



As rochas são substâncias naturais constituídas por um mais minerais no estado sólido que cobrem vastas áreas da superfície terrestre.

Existem três tipos de rochas, que são classificadas consoante a sua composição e origem:

- Rochas sedimentares – são rochas que resultam da decomposição de materiais vindos de outras rochas, que depois de depositados, são compactados e consolidam.

Ex: arenito e calcário fossilizado

- Rochas magmáticas – são rochas que resultam da consolidação de magmas em profundidade e à superfície. Se forem magmas solidificados em profundidade chamam-se rochas magmáticas plutónicas ou rochas magmáticas intrusivas. Se forem de magmas solidificados à superfície chamam-se rochas magmáticas vulcânicas ou extrosivas.

Ex: rocha magmática introsiva – granito

rocha magmática extrosiva – basalto

- Rochas metamórficas – são rochas que aparecem graças a rochas já formadas quando experimentam novas condições físicas com maior pressão e o aumento da temperatura, o que leva a, também, alterações químicas. Durante estas modificações, estas rochas estão sempre no estado sólido e apresentam bandas que indicam muita pressão.

Ciclo das rochas

- Erosãofase de desgaste das rochas já existentes e expostas.

- Sedimentaçãofase em que se acumulam os detritos, das rochas expostas , causadas pela erosão.

- Sedimentosdetritos acumulados formam os sedimentos.

- Diagénese um sedimento não é uma rocha. Após a deposição dos sedimentos, estes sofrem alterações físicas devido à pressão, aumento da temperatura e o passar do tempo, e alterações químicas. Os sedimentos perdem água entre eles, são pressionados, compactados e acimentados, ficando unidos dando origem a uma rocha coerente.

- Rocha sedimentar produto da diagénese, acumulação de detritos que sofrem alterações químicas e físicas e dão origem a uma rocha coerente. Ex: arenito

- Metamorfismo quando uma rocha é formada num determinado ambiente e aos poucos é deslocada para outro local com condições diferentes, esta rocha sofre alterações físicas e químicas, porque estão instáveis e podem alterar a mineralização das rochas. Os principais factores são o calor, a pressão, a circulação de fluidos e o tempo.

- Rochas metamórficas são rochas que após estarem formadas foram deslocadas do ambiente e sujeitas a condições químicas e físicas diferentes, tornando-as instáveis. Ex: mármore

- Fusão as rochas metamórficas se descerem muito no solo encontram temperaturas muito elevadas e passam do estado sólido para o estado liquido, transformando-se em magma.

- Solidificação os magmas, com o movimento da Terra, vão-se aproximando da superfície e ao fazê-lo vão arrefecendo e solidificam.

- Rochas magmáticas quando os magmas solidificam podem dar origem a dois tipos de rochas. Se solidificarem muito à superfície são rochas magmáticas vulcânicas. Se solidificarem em profundidade são rochas magmáticas plutónicas. Ex: plutónicas- granito; vulcânicas- basalto

(Granito)

(Basalto)

A Terra e os subsistemas

A Terra é um sistema porque há interacção de vários componentes de forma organizada.

Existem três tipos de sistemas, e podem ser classificados consoante o tipo de interacção entre os seus componentes.

- Sistema isolado — não há troca de matéria nem de energia pelas suas fronteiras

- Sistema fechado — não há troca de matéria mas há troca de energia

- Sistema aberto — ocorre trocas de energia e de matéria através das suas fronteiras

A Terra é um sistema fechado porque recebe energia do sol sob forma de calor e perde calor do seu interior para o espaço. A energia sob forma de calor é a troca predominante, mas alguns cientistas consideram que a Terra é um sistema aberto, pois há, mínimas e imperceptíveis, trocas de matéria (um exemplo são os meteoritos vindos da cintura de asteróides).


A Terra possui quatro subsistemas:

- Geosfera — é a parte superficial sólida e os restantes materiais que se encontram no seu interior (rochas, basicamente).

- Hidrosfera – é a parte liquida da Terra (rios, oceanos, lagos, águas subterrâneas, calotes de gelo).

- Biosfera – são todos os seres vivos que habitam na Terra (animais e plantas).

- Atmosfera – parte gasosa da Terra (o ar, assim dizendo).

Entre os subsistemas há várias trocas de energia e de matéria:

Trocas da atmosfera com a…

…Biosfera - fotossíntese - as plantas utilizam o CO2 da atmosfera a libertam O2 para a mesma.

- respiração - troca de gases, CO2 é libertado para a atmosfera e é recolhido O2.

…Hidrosfera - ciclo hídrico a água é evaporada para a atmosfera, onde fica até ser devolvida pela precipitação.

- circulação das águascom a evaporação das águas há uma distribuição pelo globo das águas, o que influencia as temperaturas.

… Geosfera - erupções vulcânicas com as erupções vulcânicas é libertado CO2 para a atmosfera, os vulcões libertam ainda, energia sob a forma de calor.

- desintegração dos elementos radioactivos estes libertam calor para a atmosfera.

- génese e alteração das rochasno decorrer da génese das rochas, constituintes da atmosfera, como o CO2, podem integrar-se na sua constituição.

Trocas da hidrosfera com a…

…Biosfera - ciclo hidrológico parte da água deste ciclo vai-se integrar na constituição dos seres vivos e os seres vivos libertam H2O sob forma de vapor e liquido, que se vai integrar no ciclo.

…Geosfera - movimento das águasa água altera as rochas quimicamente, e durante esta alteração a água é enriquecida com minerais.

- génese da crosta terrestre durante a subida dos magmas pelos riftes existe, além da troca de materiais, a troca de energia térmica.

Trocas da biosfera com a …

…Geosfera - acção dos seres vivosos seres vivos desgastam a geosfera ao deslocarem-se, ao explorarem minas, ao construírem túneis, aos poluírem os solos…